19 de out. de 2012

Devo investir em qualquer ação da bolsa?


Jornal Folha das Máquinas, Panambi, 11/10/2012 | Por Lucas Mendes
Investir em ações é uma excelente alternativa para diversificar a carteira de investimentos, mesmo num cenário global menos aquecido como tem sido nos últimos anos. Isso, no entanto, não significa que devemos sair investindo em qualquer ação.
Antes de tudo, é fundamental verificar seu perfil de investidor, se conservador, moderado ou agressivo. As corretoras oferecem este tipo de análise aos clientes e você pode fazer o teste pela internet. Em geral, pessoas com até 35 anos tendem a ter um perfil mais agressivo do que os investidores com mais de 50 ou 60 anos de idade. Isso porque o prazo para o uso do investimento é menor para as pessoas mais velhas, o que os incentiva a aplicarem a maior parte de seu patrimônio em renda fixa ou em títulos atrelados a inflação, enquanto destinam uma quantia menor para as ações.
Por outro lado, quanto menor a idade maior é a disposição do investidor ao risco e também maior é o horizonte de maturação do investimento, o que favorece aportes maiores em ações.
Contudo, isso não significa que o investidor deva escolher um percentual a ser aplicado em ações e comprar as conhecidas “blue chips”, como Petrobrás e Vale, como às vezes ocorre com os iniciantes. Dos diversos métodos de investir, temos tido bons resultados usando o método fundamentalista. Em suma, o método consiste em estudar e comparar empresas do mesmo setor e escolher as mais lucrativas, sólidas e com excelentes perspectivas de crescimento. Nos últimos tempos, por exemplo, nossos estudos não têm nos indicado como boas opções empresas como Petrobras ou Vale do Rio Doce.
O método que adotamos caracteriza-se por trazer bons ganhos no médio e longo prazo. A carteira de ações que gerimos, constituída no Clube de Investimentos Elevato, tem oferecido aos nossos clientes nos últimos três anos resultados muito superiores ao benchmark que é o índice Ibovespa, sendo: +32,26% em 2012 contra +3,00% do Ibovespa e +183,49% em 3 anos contra +68,12% do Ibovespa.
Cabe frisar que o Clube Elevato é oficial, operando dentro dos trâmites da lei, sendo fiscalizado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), com Agentes Autônomos de Investimento regulados e aprovados na ANCORD, além de contar com gestor credenciado e autorizado pela CVM a operar.
Diante do exposto, queremos que, antes de começar a investir, isto lhe sirva de estímulo ao estudo do mercado de ações. Participar de palestras, fazer cursos, ler livros sobre investimentos em ações é o melhor caminho para depois você atingir a sua liberdade financeira e realizar seus sonhos. Assim você aprenderá a investir em boas ações e ganhar um bom retorno principalmente se tiver paciência e deixar o seu investimento maturar, pois há coisas que demandam tempo, independentemente de talento ou dedicação para ocorrer.

5 de out. de 2012

Poupança em queda, Fundos Imobiliários em alta


Jornal Folha das Máquinas, Panambi, 21/09/2012 | Por Lucas Mendes
Atenção para duas notícias: “Poupança pode ser mais arriscada do que parece” (InfoMoney, 22/08/2012) e “Número de investidores de fundos imobiliários cresce 35% no ano” (InfoMoney, 04/09/2012).
Sobre a primeira notícia. A poupança é considerada um dos investimentos mais seguros que existem, daí sua forte popularidade no país. No entanto, estudo do economista Richard Rytenband divulgado recentemente revelou que ao longo dos últimos 22 anos, a rentabilidade da poupança na metade deste período ficou negativa quando descontada a inflação medida pelo IGP-M.
Talvez isto surpreenda. Entretanto, o problema ainda está por vir. A rentabilidade da poupança vai piorar ainda mais por duas razões: primeiro, em virtude da sua nova regra em vigor desde maio deste ano e, segundo, pela pressão inflacionária estimada para os próximos meses.
Sobre a nova regra da poupança, se a SELIC, que é a taxa básica de juros da economia, atingir o patamar de 8,5% ou menos ao ano, a poupança deixa de render os 0,5% + TR ao mês, para render 70% da SELIC + TR. Considerando que a SELIC já está em 7,5% ao ano a poupança está rendendo 5,25% + TR. Levando em conta a inflação estimada em 5,6% para 2012, a poupança já está no negativo. Portanto, quem não quiser perder dinheiro terá que buscar outras alternativas de investimento. Daí a importância da segunda notícia.
Os fundos imobiliários, como vimos no artigo anterior, oferecem excelente rentabilidade e garantem algumas importantes vantagens. Destaco quatro. Primeira: aplicações em fundos imobiliários rendem 0,80% ao mês isento de imposto de renda. Segunda: eventualmente o investidor ainda obtém ganho de capital pela valorização da cota do fundo. Aqui cumpre dizer que a lógica de valorização dos fundos imobiliários não acompanham a lógica do mercado imobiliário regional, em que talvez os preços já tenham atingido ou estão muito próximo ao topo de valorização. Os imóveis atrelados aos fundos são imóveis corporativos, alugados para empresas como Petrobrás, Gerdau, Itaú, Caixa Econômica Federal, e possuem contratos de locação por 10, 15 anos, o que garante a rentabilidade ao longo do tempo.
Em terceiro lugar, o aluguel mensal é corrigido anualmente pelo IPCA ou IGP-M (depende do fundo), o que - diferente da poupança -, garante ao investidor proteção contra a inflação. Por fim, em quarto lugar, com rentabilidade ao redor de 0,80% ao mês (há meses que chega a superar 1%) a demanda por fundos imobiliários vai aumentar ainda mais, tendo em vista a queda na rentabilidade dos investimentos tradicionais. E aqui um olhar para o novo cenário. Com o aumento da demanda dos investidores por fundos imobiliários, o valor da cota dos fundos tende a se valorizar, acrescentando um ganho de capital na própria cota do fundo. Só neste ano, a média de valorização das cotas dos fundos imobiliários já superou os 30%.
Diante do exposto, alertamos para os cuidados com as aplicações em poupança e estimulamos o leitor para que busque informações sobre alternativas de investimentos, principalmente que se informe sobre os fundos imobiliários e aproveite este inédito momento econômico para rentabilizar suas aplicações financeiras.